quarta-feira, 28 de julho de 2010

Greve poderá afectar funcionamento de instituições de solidariedade

Estão hoje em greve os funcionários das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Misericórdias e Cooperativas de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados (Cercis). 


Greve não é contra as IPSS, garante Federação de Sindicatos
Protestam contra o congelamento das comparticipações do Estado e dos salários: “Isto não é uma acção contra as IPSS, mas sim uma acção que tem a perspectiva da defesa dos postos de trabalho e dos aumentos salariais, mas, numa perspectiva mais ampla, a defesa das próprias instituições”, afirma Luís Pesca, da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública. 

O presidente da União das Misericórdias entende as razões de queixa dos funcionários, mas considera que o protesto não faz sentido, até porque há negociações em curso com o Governo. 

União das Misericórdias recorda que decorrem conversações com Governo
“A quem cabe negociar com o Estado é às Uniões. É o que estamos a fazer e, portanto, percebo porque é que o sindicato entendeu fazer esta greve, mas não faz sentido”, diz. 

As instituições abrangidas pela greve desta quarta-feira dão emprego a cerca de 150 mil pessoas. 

Além da paralisação, está prevista uma manifestação, às 15 horas, em Lisboa, frente ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social (Praça de Londres). 


Falta de apoios preocupa instituições de Setúbal 
Instituições de Setúbal vivem como as outras: com dificuldades
Em Setúbal, o panorama não difere muito do do resto do país. Luís Leitão, da União de Sindicatos, assegura que é assim porque há grandes dificuldades. Acredita, por isso, os trabalhadores de Setúbal vão aderir ao protesto frente ao Ministério do Trabalho. 

Também preocupado se revela o presidente da direcção da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental de Setúbal (APPACDM), José Salazar. A APPACDM de Setúbal tem nesta altura uma situação financeira relativamente equilibrada, mas José Salazar admite ter de adiar alguns projectos de ampliação, a verificar-se uma não actualização das comparticipações. 

Do lado das Misericórdias, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, Cardoso Ferreira, também presidente do Conselho Nacional da União das Misericórdias, diz que a greve é um direito dos trabalhadores e avança com um argumento que o coloca do lado dos insatisfeitos: falta de dotação de meios. 

Em Setúbal, a Santa Casa da Misericórdia dá emprego a 200 pessoas e serve mais de 300 utentes.

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