Asfixia financeira provoca prateleiras vazias e lojas encerradas
Os produtos vão faltando nas prateleiras das lojas da Pluricoop, e algumas até já encerraram, alegadamente devido ao estrangulamento financeiro motivado pela falta de crédito bancário. Reunida em assembleia-geral, a maior cooperativa de consumo portuguesa pede ajuda ao Governo.
A Pluricoop apela à ajuda do Governo, através do apoio atempado ao financiamento em moldes adequados à viabilização da cooperativa, no sentido de se evitar a perda de postos de trabalho.
Esta foi uma das propostas de resolução decidida pela bastante participada assembleia-geral da Pluricoop, realizada na passada sexta-feira, nas instalações da avenida António Sérgio. A assembleia aprovou uma resolução e uma petição a enviar à Assembleia da República.
“A banca tem de olhar para a Pluricoop como um actor económico regional relevante e que tem cumprido as suas obrigações”, foi uma tese defendida na reunião de sexta-feira, assim como o apelo aos fornecedores, sensibilizados a “continuar a apoiar as cooperativas de consumidores e o comércio tradicional, evitando o seu esmagamento a prazo pelos grandes grupos distribuidores.”
Fernando Parreira, o presidente da Pluricoop, expôs aos cooperadores e trabalhadores da assembleia a análise da direcção face ao grave momento por que a cooperativa atravessa. O problema é a asfixia financeira. Colocar produtos nas lojas é prioritário, o que passa por resolver o problema da liquidez e fazer um protocolo com os fornecedores, “Com isto acabavam-se os problemas”, acredita Fernando Parreira.
No sentido de colocar fim a este ciclo, a direcção tem contactado entidades públicas, financeiras e outras instituições, até fora do país. O presidente da cooperativa acredita haver três soluções, uma delas seria entre a Pluricoop, o Governo, o IAPMEI e os bancos. Outra, em cima da mesa, será uma solução entre a Pluricoop, a CoopLisboa, e outros parceiros nacionais e estrangeiros. A outra solução é a Pluricoop resolver a situação com os seus próprios meios e na base do seu património.
A loja Pluricoop localizada entre o Mercado do Livramento e o Tribunal de Setúbal é uma das que se encontra “provisoriamente” encerrada. O motivo prende-se com o facto dos trabalhadores terem suspendido o contrato e recorrido ao Fundo de Garantia Salarial, alegando ordenados em atraso.
Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) explicou a «O Setubalense» que a situação da Pluricoop deve-se ao estrangulamento financeiro, o que se reflecte na falta de produtos nos expositores devido ao corte por parte dos fornecedores.
“Perante o agravamento da crise social e económica, o Governo e a Banca, ao exigirem garantias reais, rácios de solvabilidade e de rendibilidade de capital, ignoram as especificidades das empresas cooperativas, e fazem tábua rasa do texto constitucional que prevê a atribuição às cooperativas de condições mais favoráveis à obtenção de crédito e auxílio técnico,” explicou a sindicalista.
PARLAMENTAR O CESP pediu audiências com os responsáveis políticos do distrito, para que “exerçam pressão na Assembleia da República.” Segundo Célia Lopes, os grupos parlamentares do PCP e BE já apresentaram requerimentos na A.R., o mesmo devendo acontecer através do PSD, lamentando a sindicalista que, até agora, o PS “ainda não ter dado resposta ao nosso pedido de audiência.”
Teodoro João
trabalhei lá na cooplisboa na salgueirinha e fui roubado ordenados de miseria e trabalho escravo, bem feita espero bem que se lixem que vão à falÊncia de vez.
ResponderEliminarÉ pena as coisas chegarem ao ponto de afirmarem que as lojas fecharam devido aos trabalhadores suspenderem os contractos,quando na realidade foi pluricoop que obrigou amaioria dos trabalhadores a suspender(ou suspendem ou vão para a rua sem nada neste momento não temos lugar nas lojas para voçes,isto foi dito nas lojas antes de encerrarem as lojas)e uma vergonha que ao menos não têm a dignidade de assumirem a burrada que fizeram!
ResponderEliminarÉ verdade, é uma vergonha irem para a insolvência sem darem a cara,nem uma explicação aos trabalhadores que neste momento pagam para trabalhar, pois nem os salários estão a receber á 3 meses.
ResponderEliminartanta gente a roubar, aqueles que tudo deram pela coop consumo de setubal ,os empregados sofreram e sofrem na pele a ma gestão de directores com a 4ª classe tirada em baixo dum chaparro
ResponderEliminare onde para a msg anterior?
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