A União dos Sindicatos de Setúbal (USS) pretende formalizar uma queixa à Inspecção-geral do Trabalho de forma a defender as trabalhadoras que têm sido “forçadas pela Visteon de Palmela a executar trabalho de limpeza nas linhas de produção”. Luís Leitão, dirigente sindical, em declarações ao “Setúbal na Rede”, diz que “o contrato coletivo de trabalho da fábrica implica que o posto de trabalho tenha de ficar limpo no final do dia, mas não exige a utilização de produtos tóxicos no ato de limpeza”.
Luís Leitão nega que esta medida vá de encontro “ao perfil profissional das operárias, já que a limpeza das linhas de produção na fábrica não se enquadra nas competências destas trabalhadoras”. Sobre o facto de esta medida atingir apenas as mulheres, o sindicalista não verifica “qualquer cariz sexista nesta medida por parte da Visteon, uma vez que o grosso do operariado da fábrica é composto por mulheres”.
Num comunicado emitido pela USS sobre este assunto, a comissão executiva refere que este ato “demonstra a arrogância de uma administração que não sabendo tratar com dignidade os seus recursos humanos, atropela a lei e pressiona as operadoras”. Até ao momento, não foi possível ao “Setúbal na Rede” obter qualquer comentário por parte da direção da Visteon.
Fonte: Setúbal na Rede / Rogério Matos
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