Foram concluídos ao final da tarde de ontem os trabalhos de recolha de uma quantidade, não totalmente apurada, de óleo hidráulico resultante do embate lateral do navio Karma contra a muralha do cais 1 da Lisnave.
Vinte e quatro horas depois do acidente, e consequente derrame de óleo do navio Karma, foram dados por concluídos os trabalhos de remoção da poluição causada, mas aparentemente confinada à zona dos estaleiros navais da Lisnave.
Ao final da tarde de anteontem, o navio de carga geral Karma, com pavilhão de Antígua e Barbados, de 117 metros de comprimento por 17 de largura, estava sendo rebocado para o cais 1 dos estaleiros navais da Lisnave quando, por razões ainda não apuradas, aconteceu um embate da parte lateral do navio com a muralha.
“Foi um mínimo rasgo no casco, do lado do tanque de óleo hidráulico, e temporariamente resolvido” explicou a «O Setubalense» o relações públicas da Lisnave.
Para Humberto Bandeira, “acabou por ser sorte o acidente ter acontecido neste local”, falando da “extrema rapidez” quanto à actuação dos meios de socorro no local.
“Houve uma disponibilidade total das várias entidades envolvidas (meios próprios da Lisnave, APSS e da Polícia Marítima)”, realçou Humberto Bandeira que, a avaliar pela quantidade de óleo recolhido da água na restrita área dos estaleiros, considerou “exagerado falar-se de uma quantidade aproximada a 15 mil metros cúbicos de óleo derramado.”
O que a mesma fonte da Lisnave garantiu ao nosso jornal é que “nenhuma poluição saiu para o estuário do Sado.” “Felizmente, conseguimos fazer confinar todo o óleo derramado entre bóias anti-poluição, enquanto se procedeu à extracção de toda a quantidade daquele mesmo depósito.”
Por seu turno, o capitão do Porto de Setúbal confirmou ontem a «O Setubalense» a abertura de um inquérito a este sinistro, também exaltando a coordenação das entidades e meios no combate a este sinistro.
Como sempre acontece neste tipo de circunstâncias, Lopes da Costa anunciou um inquérito para “apurar as circunstâncias” que envolveu este acidente.
ESTALEIRO O navio Karma tinha uma previsão “de curta estadia” na Lisnave, para efectuar pequenas reparações de mecânica. Naturalmente, esse prazo deverá ser agora dilatado, face à obrigatoriedade da reparação do rombo no casco provocado por este embate contra a muralha do cais 1.
Fonte: O Setubalense
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