A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) da península de Setúbal quer aumentar o nível de exportações dos vinhos da região para Angola, numa altura em que aquele mercado africano está progressivamente a substituir o consumo de cerveja pelo de vinho. Em visita oficial à região demarcada da península, o embaixador de Angola em Portugal, Marcos Barrica, reitera que os vinhos de Setúbal podem ser um grande mercado em Angola, recordando o facto de “já existirem relações económicas intensas entre os dois países”.
Actualmente, o mercado angolano é o sexto mais importante para a região vitivinícola de Setúbal, representando o equivalente a 5 por cento das exportações de vinhos da península. “A aposta de venda de vinhos de qualidade superior tem criado dificuldades acrescidas na hora de exportar para Angola, mas com aquele mercado em expansão é expectável que estas aumentem futuramente para aquele país”, acredita Henrique Soares, presidente da direcção da CVR da península de Setúbal.
As declarações do presidente foram dadas durante uma visita da delegação da embaixada de Angola em Portugal à região demarcada, em mais uma iniciativa promovida pelo social-democrata, Luís Rodrigues. Na ocasião, o deputado do PSD na Assembleia da República afirmou que não teme ficar com uma “imagem negativa associada à promoção dos vinhos da região”, uma vez que esse trabalho deve ser de todos, “independentemente das entidades ou das pessoas que estão nos diversos cargos de decisão”.
“Angola é um mercado à espera dos vinhos portugueses e esta iniciativa poderá ser a primeira grande iniciativa para ajudar a penetração dos produtos de Setúbal neste país africano”, sublinha o deputado, considerando que é nestas alturas de crise económica que “Portugal tende a ter oportunidade para voltar à terra”. A iniciativa do deputado do PSD está inserida na estratégia que tem vindo a ser desenvolvida há cerca de uma década na promoção nacional e internacional da região e dos seus principais produtos.
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