segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cães vadios atacaram porcos pretos, em quinta perto da Comenda: “Desejo que uma tragédia assim não aconteça a nenhum ser humano!”

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Três porcos foram atacados por cães selvagens, entre a Quinta do Viso Grande e o parque da Comenda. Pedro Fontes, dono dos animais mortos, receia uma hipotética tragédia humana e já pediu explicações a diversas entidades. O receio maior é que um ataque assim aconteça a um ser humano.

“Desta vez, o ataque aconteceu aos porcos, mas este incidente, altamente preocupante - porque os cães mataram para comer - deixa pensar na hipótese de um possível ataque a um ser humano, e isso suscita natural sentimento de grande insegurança.”

O relato foi transmitido a «O Setubalense» por Pedro Fontes, o dono de três porcos pretos adultos (um de 100 kg e dois de 70 kg de peso), atacados por uma matilha selvagem, na cerca da sua herdade, de 30 hectares de extensão, localizada na Quinta do Viso Grande, que confina com a estrada nacional 10 e a herdade da Comenda, área do Parque Natural da Arrábida (PNA).

Dois animais foram atacados pela parte detrás, e o terceiro pelo cachaço. Os canídeos atacaram para comer. Dois animais vieram a falecer no dia posterior ao terrível ataque. O outro teve de ser abatido. Mais do que o prejuízo monetário, os residentes receiam uma situação algo idêntica… em humanos.

“Há anos que ninguém faz o que quer que seja face ao problema do abandono e reprodução de cães que, ao serem abandonados na Serra da Arrábida, se tornam altamente selvagens e reproduzem-se com grande rapidez, concorrendo directamente com a fauna autóctone local,” acrescentou ainda Pedro Fontes.

O ataque desenfreado a três porcos pretos teve lugar há uma semana, quando os animais estavam em cerca, e terá sido o primeiro com esta gravidade. Face ao caso, o proprietário da quinta não hesitou em expôr a situação a diversas entidades: Câmara de Setúbal, Parque Natural da Arrábida, Governo Civil e GNR, tendo sido apresentada queixa-crime contra desconhecidos a esta última entidade.

Já posteriormente ao ataque dos cães vadios, Pedro Fontes diz já ter avistado, naturalmente a larga distância, uma matilha composta por quatro animais de “grande porte”.

O proprietário desta herdade, localizada a poente do aglomerado populacional do Viso Grande e a estrada romana da herdade da Comenda, deixa a sua indignação pela forma como “ninguém põe cobro” à proliferação de cães abandonados na vasta área do Parque Natural da Arrábida.

“E se um destes dias um de nós, residentes, ou um qualquer visitante, for atacado por uma matilha?”, interroga-se Pedro Fontes, para quem a falta de actuação por parte de quem de direito “chegou a esta situação explosiva.”

Defendendo que os animais abandonados na vasta área do PNA são “os menos culpados,” é fácil perceber que, a certa altura, entra em jogo a lei da sobrevivência, até porque a espécie reproduz-se com grande regularidade.

Este queixoso diz ser criticável o “jogo do empurra”, por parte das entidades com jurisdição na matéria. “Toda a gente sacode a água do capote. O que espero nunca vir a ver é um ataque destes a um ser humano,” conclui Pedro Fontes.

Fonte: O Setubalense

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