sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sadinos vão deparar com o “efeito novo treinador”

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O Sporting está empatado com o Vitória na classificação mas a é sempre o Sporting e os vitorianos não podem pensar, nem pensam, por certo, que a partida de domingo à noite no Bonfim não se reveste de grandes dificuldades para as suas cores, até porque a turma de Alvalade vai contar pelo seu lado com o “efeito do novo treinador”, passada que foi a fase de interinidade de Oceano, e isso deverá ser um factor de motivação acrescida para um conjunto que está ferido pela sucessão de resultados muito abaixo das suas expectativas tradicionais. Por seu turno, o Vitória, não terá José Mota no “banco”, o que nunca é um dado positivo, mesmo que o trabalho de preparação da partida não dependa do mesmo. No fim das contas, o que se prevê é um jogo de grande intensidade, em que os setubalenses terão de galvanizar-se ao nível que se espera seja revelado pelo adversário.

Os vitorianos mostraram em Guimarães um bom futebol e tiveram, por várias vezes, o jogo a pender a seu favor, embora nas circunstâncias mais críticas não tenham conseguido definir os lances para o seu lado, o que redundou num desaire amargo e que não se aconchegou à qualidade de jogo praticado. Mas esse encontro já é história e no domingo há mais pontos em disputa frente ao Sporting, e mais um desafio às capacidades competitivas da equipa comandada por José Mota, treinador que está castigado e não poderá liderar os seus homens a partir do “banco” de responsáveis.

O Sporting está muito ferido pela sucessão de resultados negativos nesta primeira fase da temporada, por um rendimento muito abaixo das expectativas de todos os seus elementos, mesmo que no passado mais recente a tendência se perda tenha sido uma constante, e depois de na última ronda ter passado por mais um amargo de boca frente à Académica, vai querer marcar no Bonfim um ponto de viragem nas suas exibições, tanto mais que se trata do jogo de estreia do novo treinador belga e os jogadores de Alvalade não estarão pelos ajustes de começar a perder terreno face às decisões a breve trecho do novo comandante.

Este “efeito do novo treinador”, em tese, jogará a favor dos sportinguistas e o mais provável é que o Vitória vá deparar com um adversário ainda a sentir o nervosismo motivado pela necessidade de recuperar rapidamente, mas a dar tudo por tudo e a conferir aos movimentos em campo uma agressividade acrescida, perante a qual há que ter um comportamento de grande rigor táctico.

O principal “inimigo” dos vitorianos será, pois, o de caírem no engodo de pensar que o Sporting se vai apresentar em Setúbal com as mesmas fragilidades emocionais que tem vindo a mostrar. É quase certo que não vai, e daí que não estarão disponíveis aos setubalenses, pensamos, as oportunidades de aproveitamento dos erros, especialmente defensivos, que o opositor de domingo tem cometido regularmente. Posto isto, o Vitória só tem de trabalhar para manter ao máximo as acções a meio campo equilibradas e não deixar derivar o jogo para ritmos fora das suas possibilidades normais de acompanhamento, antes esperando para ver em que param as modas e, a partir daí, lançar o seu contra-ataque de forma expedita e apurar os momentos de finalização que lhe surgirem, porque tem jogadores com características para desenvolver essas acções com apreciável margem de êxito.

A partida está a despertar grande interesse no “mundo da bola” e em Setúbal há sempre esperança num comportamento positivo da equipa vitoriana frente a “um” Sporting que, quase por tradição, sente grandes dificuldades no Bonfim. Mas atenção às novas circunstâncias e à necessidade de adaptação às mesmas.

Fonte: O Setubalense

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