À beira de completar meio século de existência, a festa do orgulho dos palmelenses vai ter lugar entre os dias 1 e 6 de Setembro. A comissão de festas argumenta que a crise motivou “diversos cortes no orçamento” e a retirada de um dia aos festejos.
Palmela vai estar em festa, entre os dias 1 e 6 de Setembro. Prestes a comemorar meio século, este é o grande evento anual dos palmelenses (49.ª edição), em jeito de homenagem à uva e ao vinho, afinal a grande marca de qualidade da altaneira vila.
O fogo-de-artifício a ser lançado na última noite do terraço do Cine S. João é uma novidade, justificadamente por razões de segurança e financeira, logo seguido do simulacro de incêndio no castelo. Outra novidade é a Marcha das Vindimas, com letra de Anabela Rito, música de Simone Fragoso e arranjo de Jacinto Montezo.
A presidente da comissão de festas, Maria Amélia Dores, apresentou o certame, anteontem à tarde, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos, e referiu que o orçamento deste ano ronda os 185 mil euros, cerca de 100 mil euros face a anos anteriores. “Devido à crise e à redução de subsídios atribuídos por parte das entidades, tivemos de fazer cortes nos gastos e até retirar um dia à festa,” salientou a responsável.
A sensibilização à moderação no consumo de bebidas alcoólicas tem dado os seus frutos, de acordo com a festeira-mor das Vindimas, que referiu que o ano passado registaram-se 18 casos de comas alcoólicos, cerca de um quarto dos casos do ano anterior. “Não se vende álcool a menores, e acordamos com as adegas presentes no certame não se vender garrafas a partir da meia-noite”, referiu Maria Amélia Dores.
O presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Fernando Baião, apelou precisamente à “moderação” na bebida por parte dos visitantes deste anual evento, justificando que “isso também é saber estar” na festa que traz anualmente a Palmela milhares de visitantes, sendo este ano esperada a visita de meio milhão ao longo dos seis dias de festas.
Por seu lado, o presidente da Entidade Regional do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, enalteceu a “autenticidade” e “orgulho” das festas palmelenses. “Esta região é extremamente rica em produtos gastronómicos, mas também em natureza, e é desta complementaridade e da vivência de autenticidade que podemos vencer os momentos difíceis por que passamos.”
No entender de Rosa Céu, “este país conseguiu coisas muito valiosas através do esforço colectivo dos portugueses, sendo que as festas locais retratam muito do nosso orgulho enquanto povo, com uma cultura e história genuínas, e é isso que temos de valorizar, porque é uma riqueza e uma alma muito próprias.”
A presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, agradeceu a consideração da entidade turística: “É bom ouvirmos tal distinção, e a verdade é que temos uma riqueza e património local inestimáveis e que ajuda a constituir o todo nacional.”
“Mesmo em momentos difíceis, a Festa das Vindimas reflecte o que de melhor temos para oferecer. Somos uma terra de vinhos e tem havido uma conquista progressiva mercê de um trabalho ímpar deste sector”, salientou a autarca palmelense, enaltecendo a associação de festas das Vindimas que, “com menos meios, também por parte da câmara, consegue levar a cabo um trabalho notável, inventando novas formas de fazer receitas.”
Fonte: O Setubalense
Fonte: O Setubalense
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