A Casa Ermelinda Freitas já soma mais de 70 medalhas de ouro e 60 de prata e ganhou o prémio Vinalies, de melhor vinho tinto do mundo, numa prova cega. A provar esta importância a adega recebeu o primeiro-ministro e a ministra da Agricultura.
O primeiro-ministro Passos Coelho, acompanhado da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, visitou anteontem a Casa Ermelinda Freitas, localizada em Fernando Pó.
Para a empresária Leonor Freitas, esta visita é um “orgulho” e sinal de que os governantes “acreditam e valorizam o mundo rural”.
Segundo a responsável pela adega o “nosso sucesso assenta na forma como conseguimos antecipar e actualizar as mudanças” porque “para ter sucesso é necessário basearmos toda a nossa estratégia na adaptação às mudanças do mercado”.
A empresa criou em 1997 a marca Casa Ermelinda Freitas salientando que “apliquei sistematicamente a ciência e a tecnologia na modernização da adega, contratei um enólogo moderno e técnico para as vinhas e estagiei vinhos em barricas de grande qualidade" e garante “continuo a apostar na valorização do trabalho rural, na formação e qualificação dos trabalhadores”.
Nesta visita, primeiro-ministro considerou que é preciso cumprir o objectivo de redução do défice “sem derrapagens” e afirmou que “o governo tudo fará para apresentar resultados e não discursos”.
“Como sabem, sempre que o ambiente externo envolvente se degrada, ou que as agências de 'rating' colocam maior risco nos países, isso torna mais difícil a obtenção de financiamento a um custo mais baixo”, referiu Passos Coelho, acrescentando que “o governo tudo fará para apresentar resultados e não discursos”.
O líder do governo considerou que “as condições de financiamento à economia portuguesa, e também à agricultura portuguesa”, dependem sobretudo da capacidade de Portugal cumprir os objectivos com os quais se comprometeu, ou seja “cumprir com o défice, sem derrapagens, cumprir com os níveis de dívida pública, com os processos de privatização, com a agenda de reforma estrutural da economia portuguesa”.
“Ora, há um tempo em que tudo isto constitui meramente discurso. Nós temos de passar da fase em que anunciamos as nossas intenções para a fase em que mostramos os resultados das nossas acções” reforçou.
Durante esta visita à Casa Ermelinda Freitas, Passos Coelho esteve acompanhado pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e elogiou o seu trabalho, assinalando que 2011 foi, “desde que funciona este novo quadro de referência estratégico, o ano de maior investimento na agricultura”, em que o Estado conseguiu “mobilizar para cima de 150 milhões de euros” e o investimento nacional e comunitário “superou 500 milhões de euros”.
O primeiro-ministro disse que isso foi possível graças a “um esforço muito grande” do Ministério da Agricultura. Por outro lado, tanto Passos Coelho como Assunção Cristas destacaram “a revisão do parcelário agrícola”, referindo que isso poupará o pagamento de multas por parte de Portugal.
Passos Coelho afirmou que “o Governo apostou claramente em fazer de toda a área agrícola, agro-florestal e agro-industrial uma prioridade da economia nacional”, lamentando que “durante muitos anos” esta tenha sido “entendida como o parente pobre do investimento nacional e da economia nacional”.
O primeiro-ministro avançou algumas explicações para isso ter acontecido. “Talvez porque durante demasiados anos os primeiros impactos da nossa integração europeia nos terem limitado a produção, por haver uma conotação com o envelhecimento de todos os activos ligados à área agrícola, o facto de numa parcela grande do território nacional a agricultura ser muitas vezes sinónimo de subsistências que não de valor acrescentado e de riqueza” adiantou Passos Coelho.
Fonte: O Setubalense
Fonte: O Setubalense
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