Muitos metros de grelhas metálicas de sumidouros foram furtados nos últimos dias em vários locais da cidade. Na rua Antão Girão, existe agora uma extensa vala aberta, assinalada com fita da PSP. Na zona entre as Manteigadas e a Bela Vista, uma grande extensão de grelhas metálicas foi igualmente furtada e, na avenida Luísa Todi, nem um bebedouro de água, metálico, resistiu à tentação dos meliantes, que delapidam o património urbano.
Já nada escapa para se fazer algum dinheiro. Os furtos ao património mobiliário da cidade sucedem-se em acções de vandalismo. Verifica-se uma incessante procura a todo e qualquer metal. A Câmara considera tratar-se de “casos de polícia”, pelo que tem apresentado constantes participações à PSP, aparentemente sem grande sucesso.
A “moda” são as ferragens. Contentores metálicos, enterrados no solo, são um dos alvos preferidos pelos meliantes. As dobradiças das tampas são cortadas e furtadas.
Casos destes já aconteceram em contentores enterrados, junto à passagem da linha-férrea das Fontaínhas, da parte poente da doca dos Pescadores, no Terreiro de Santa Maria e no largo da Conceição.
Uma grelha de ferro do extenso sumidouro, que atravessa o início da rua Antão Girão, na sua ligação com o largo Poço do Concelho, “voou” este fim-de-semana. A dois passos de distância, também uma pequena grelha de um sumidouro, desapareceu misteriosamente este fim-de-semana. Outros, por já terem sido concebidos com sistema anti-roubo, preso e com sistema de dobradiças, resistiram á intenção dos meliantes.
A entrada, nascente, da rua Antão Girão encontra-se sinalizada com fita da Polícia de Segurança Pública. Uma solução provisória, na medida em que naquela frequentada artéria da baixa citadina, facilmente um transeunte poderia cair na pequena vala, autêntica “ratoeira.”
Aliás, a este propósito, um comerciante local, desabafou a «O Setubalense» ter alertado um invisual para aquele problema. “A pessoa ir a passar sozinha e, se não fosse o meu aviso, teria concerteza caído no buraco,” referiu Joaquim Milho à nossa reportagem, também ele indignado com tal cenário.
Com comprimento aproximado a quatro metros, a grelha metálica de cobertura do sumidouro da referida rua, com largas dezenas de quilos, terá sido transportada por uma viatura automóvel que, presume-se, terá acedido pela calada da noite ao largo Poço do Concelho, pela avenida 5 de Outubro.
A crise, a má formação cívica e o puro vandalismo em troca de uns euros num qualquer sucateiro. Todos estes factores conjugados resultam na delapidação, sem dó nem piedade, do mobiliário urbano.
Alguns defendem que “ainda agora a procissão vai no adro”, face à conjuntura económica, mas o certo é que já se vai vendo, aqui e acolá, indivíduos transportando ferragens e outros materiais (sabe-se lá de onde) seja em motorizadas, bicicletas ou até mesmo em carrinhos de compras dos hipermercados. Tudo isto é real, e passa-se em frente aos olhos das autoridades.
CÂMARA Instada a comentar esta realidade, a Câmara Municipal garantiu a «O Setubalense» que, face aos furtos de grelhas metálicas de sumidouros e de tampas dos contentores, “o município tem sempre feito a respectiva participação à Polícia de Segurança Pública,” sendo que a PSP “nunca recuperou nenhum dos muitos objectos furtados da via pública.” Fonte do gabinete do vereador Manuel Pisco acrescentou ainda que nos espaços desprovidos de grelhas, “são colocados sistemas de cimento, enquanto que, no caso das tampas de contentores, é estudada uma forma alternativa, anti-roubo.”
Fonte: O Setubalense
Fonte: O Setubalense
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