quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Trabalhadores do refeitório do Hospital de S. Bernardo em greve por aumento salarial e condições higieno-sanitárias

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Em defesa das condições de higiene e saúde no trabalho, e dos direitos dos funcionários do refeitório do Hospital de S. Bernardo. Foram estas as razões da greve levada a cabo, anteontem, na unidade hospitalar. Dia 11, repetir-se-á a mesma forma de luta, também extensiva aos refeitórios dos hospitais do Barreiro, Almada e à fábrica Autoeuropa.

Entendimentos distintos quanto aos efeitos da greve desencadeada esta segunda-feira no refeitório do Hospital de S. Bernardo têm o sindicato do sector e a administração hospitalar.

“Os trabalhadores tiveram a preocupação de assegurar os serviços mínimos”, defende fonte sindical. “O refeitório funcionou normalmente, bem como a distribuição de alimentação aos doentes, serviço que apenas sofreu um ligeiro atraso,” refere, por seu turno, fonte da administração do S. Bernardo.

Seja como for, o que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, quer reivindicar com esta forma de luta foi “o aumento de 4 por cento nos salários das 60 pessoas que trabalham no refeitório deste hospital”, mas também “exigir a melhoria de condições higiénicas e sanitárias.”

Diga-se que o serviço de confecção de refeições, e respectiva distribuição pelas enfermarias e serviços do S. Bernardo está concessionado, através de protocolo, ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH).

A «O Setubalense», o representante daquela estrutura sindicalista, afecta à CGTP-In, refere que os ordenados destas 60 pessoas do S. Bernardo “rondam os 485 euros”, sendo objecto de reivindicação um aumento de 4 por cento dos salários.

“Não admitimos a redução dos direitos dos trabalhadores, tal como já se verifica na actualidade, mesmo antes da entrada em vigor da nova lei,” defende o sindicalista.

Inácio Astúcia regista que no início do piquete de greve, anteontem, no refeitório do S. Bernardo, um agente da PSP “ordenou a nossa saída das instalações”, situação que, por ser contrária à lei, “logo foi esclarecida e ultrapassada”, registou Inácio Astúcia, para quem esta primeira greve “já conheceu alguns efeitos positivos.”

Entretanto, o Sindicato da Indústria Hoteleira já fez um pré-aviso de greve para o próximo dia 11 de Fevereiro (sábado), que, para além do S. Bernardo, também será alargado aos hospitais Garcia da Orta (Almada), do Barreiro, e à empresa Autoeuropa (Palmela).

Acontece que, cada um destes refeitórios é servido por diferentes empresas concessionárias: SUCH, Uniselc. Eurest e a espanhola Sodexo, fornecem, respectivamente, os hospitais de Setúbal, Barreiro, Almada e a Autoeuropa.

EQUIPAMENTOS “Não temos dúvidas de que a greve de dia 11 vai mesmo realizar-se, porque a questão dos aumentos salariais é transversal a todos estes casos, havendo outras questões, relacionadas com as condições de segurança e higiene no local de trabalho,” adiantou o sindicalista ao nosso jornal, precisando que, no caso particular do refeitório do S. Bernardo, “verificam-se avarias em equipamentos, nomeadamente numa máquina de lavar loiça, há muito tempo fora de serviço.” Instada sobre este registo avançado pelo Sindicato, fonte do conselho de administração Hospitalar do S. Bernardo, embora parco em esclarecimentos, sempre revelou a «O Setubalense» estar “previsto um investimento de modernização no equipamento da cozinha e refeitório.”

Fonte: O Setubalense

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