segunda-feira, 21 de março de 2011

Dinamismo dos sadinos na primeira parte esteve na base do sucesso: Energia positiva!

fotoOs vitorianos regressaram ontem a um plano exibicional que só havia sido visto no primeiro terço da época e, por tal, não foi por acaso que voltaram aos triunfos. A prestação da equipa sadina, especialmente na primeira metade do jogo, foi marcada por um grande dinamismo ofensivo, por um futebol rápido e incisivo que podia ter rendido mais golos e este «élan» manteve-se por uma fatia apreciável da segunda parte, se bem que a certo passo tenha sido preciso defender com segurança e, ainda, houvesse tempo para um susto que foi o golo dos madeirenses, então a darem tudo por tudo no ataque.

Bom cenário para o regresso do Vitória aos triunfos, após uma seca prolongada que, feitas as contas, atirou a equipa para os lugares da «sobrevivência». Tarde de sol, quentinha, e um pouco mais de cinco mil pessoas nas bancadas, número que, não sendo de pasmar, longe disso, representou um acrescento sensível no apoio dado à equipa, mesmo que tenha havido «promoções» de bilhetes.

Entrada em grande dos vitorianos que, com um estilo de jogo, rápido, ao primeiro toque, conseguindo, desta feita, proceder à transposição da bola da defesa para o ataque de maneira surpreendente para o adversário, chegou cedo ao golo, depois de uma combinação astuta entre Pitbull e Miguelito que Neca finalizou com classe, e abriu o caminho para um dos melhores nacos de futebol que a assistimos nas jornadas mais recentes e que, no fim de contas, traduziu a capacidade do conjunto para lutar sem tibiezas pelo triunfo que, recorde-se, era preciso como pão para a boca, uma vez que o Portimonense havia ganho e havia que ter em atenção o resultado da Naval (a jogar à mesma hora de ontem).

No primeiro tempo, os setubalenses, se bem que Diego tenha sido forçado, de caminho, a parar um remate muito perigoso de Orlando Sá, criaram sucessivas jogadas em profundidade, quase sempre ao primeiro toque, e bem podiam ter chegado ao intervalo com uma vantagem mais gorda. Respirava-se confiança, no relvado e nas bancadas mas ainda havia mais 45 minutos para jogar e era forçoso continuar a «dar o litro» para confirmar o que de bom havia sido feito até aí.

DIFICULDADES: Após o intervalo, todavia, o futebol vitoriano não teve o brilho anterior: As duas equipas regressaram com o mesmo formato mas foram os madeirenses que deram os primeiros sinais positivos, lançando o ataque de uma forma sempre planeada, ao passo que o Vitória perdeu um pouco de gás e passou a atacar mais pela certa, com menos espontaneidade nas saídas. A partida ficou claramente mais equilibrada e poderá ter sido por isso que Bruno Ribeiro procederia a dado passo a duas trocas de assentada, rendendo o ponta de lança por outro (Jailson/William) e fazendo entrar Michel para a direita, saindo Hugo Leal, ao passo que Ney passou a jogar no meio campo. Este cenário viria a desmanchar-se pouco depois, com a lesão de Michel, sendo o técnico obrigado a mudar o padrão defensivo, entrando François para o eixo mas com cobertura da direita, ao passo que Ney não pôde já abrir espaço no flanco direito.

Com este novo panorama, a que se juntou o facto do Nacional apostar, então, decisivamente, na frente, mais marcadamente após o segundo golo do Vitória que nasceu de uma excelente visão de jogo de Miguelito para a desmarcação de Jailson, os sadinos foram, de alguma forma, forçados a jogar de forma mais cautelosa, valendo aqui, diga-se, a serenidade globalmente revelada pelo seu bloco defensivo. O Vitória sofreu, já no finalzinho, um susto grande com o golo do Nacional, construído por Márcio Madeira e Anselmo, duas soluções de «banco», mas a sorte estava ditada e os três pontos ficaram no Bonfim e souberam que num ginjas.

ARBITRAGEM: Bom trabalho de Paulo Batista que teve o grande mérito de não encontrar complicações num jogo que não foi complicado de dirigir. No lance do segundo golo do Vitória foi reclamado fora de jogo de Jailson mas temos de dar o benefício da dúvida ao «liner» do lado da bancada nascente.

Fonte Setubalense

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