segunda-feira, 21 de março de 2011

Camarinha: Ocupantes ilegais espalham medo e terror pelo condomínio

Ilegais ocupações de apartamentos num prédio sito nos Jardins do Sado, na Camarinha, estão a colocar os “cabelos em pé” aos moradores. Pelos menos três apartamentos, propriedade de uma instituição bancária, estão há longo tempo ocupados ilegalmente. Ainda pior que isso, é o medo e terror que espalham pelo prédio.

O prédio n.º 3 da praceta Professor Hernâni Cidade, sito nos Jardins do Sado, ao bairro da Camarinha, defronta-se, desde há algum tempo, com sérios problemas de vizinhança, motivados pela presença de estranhos habitantes do condomínio.

Pelas traseiras do prédio, ou pela entrada principal, pelos menos três apartamentos, propriedade de uma instituição bancária, estão ilegal e perigosamente ocupados por intrusos, de várias nacionalidades e etnias.

O caso deste prédio - embora estando longe de ser excepção no panorama imobiliário - não deixa de ser exemplificativo. Trata-se de um grande condomínio, com oito pisos, cada qual com 10 apartamentos, o que totaliza 80 apartamentos, a que se acrescentam as lojas comerciais do rés-do-chão.

Um dos membros do condomínio revelou à nossa reportagem a “perigosa” vizinhança motivada pelos intrusos em, pelo menos três apartamentos, propriedade de uma instituição bancária. Água e luz? “Eles lá fazem ligações ilegais, mas que não pagam facturas, não pagam,” assegura.

“Aquele primeiro andar está ocupado por 8 ou 10 indivíduos de nacionalidade brasileira. Entraram pela traseiras, acedendo à habitação pelo toldo de ferro, propriedade de uma instituição bancária,” apontou no local um preocupado morador a «O Setubalense».

Um outro vizinho, igualmente queixoso, e que preferiu manter o anonimato, explica haver pelo menos outro caso algo semelhante, num sétimo andar. Numa simples observação do exterior do prédio, é perceptível o estado de vandalismo das janelas e persianas. “Naquela casa, até fogueiras lá fizeram,” denuncia.

Pelo que nos foi relato pelos condóminos queixosos, a PSP já foi contactada, devido aos barulhos fora de hora. “A autoridade policial diz-nos pouco ou nada poder fazer, e remete-nos para a entidade proprietária das fracções (Banco), que, por sua vez, limita-se a pagar o condomínio. É uma situação bastante complicada para quem aqui mora e quer ter o mínimo de sossego”, acrescentaram os moradores.

De resto, é bem perceptível o ambiente de medo e receio de represálias no seio dos condóminos deste prédio, sito na praceta Hernâni Cidade, que nos relataram “noites de terror”, quer no exterior, quer no interior daquela zona habitacional. “Chegam a estar até às tantas na rua, com negócios altamente suspeitos, e para entrarmos no prédio ainda temos de lhes pedir licença”.

CASO A proprietária de uma fracção do 8.º andar deste mesmo prédio mudou a sua residência oficial para Pinhal Novo. “Há um ano que tenho o apartamento para venda, a um preço simbólico - 50 mil euros por 4 assoalhadas – mas tenho verificado que as visitas se mostram desagradadas pelo mau aspecto deste prédio, em grande parte provocado pelos ilegais inquilinos”, referiu a «O Setubalense» esta vendedora, referindo-se em concreto às arrecadações localizadas no piso cimeiro do edifício, que estão “totalmente vandalizadas”, precisamente devido às ocupações ilegais.

Teodoro João

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