quarta-feira, 16 de março de 2011

Pluricoop vive momento difícil e apela a ajuda do Governo

Asfixia financeira provoca prateleiras vazias e lojas encerradas



Os produtos vão faltando nas prateleiras das lojas da Pluricoop, e algumas até já encerraram, alegadamente devido ao estrangulamento financeiro motivado pela falta de crédito bancário. Reunida em assembleia-geral, a maior cooperativa de consumo portuguesa pede ajuda ao Governo.

A Pluricoop apela à ajuda do Governo, através do apoio atempado ao financiamento em moldes adequados à viabilização da cooperativa, no sentido de se evitar a perda de postos de trabalho.

Esta foi uma das propostas de resolução decidida pela bastante participada assembleia-geral da Pluricoop, realizada na passada sexta-feira, nas instalações da avenida António Sérgio. A assembleia aprovou uma resolução e uma petição a enviar à Assembleia da República.

“A banca tem de olhar para a Pluricoop como um actor económico regional relevante e que tem cumprido as suas obrigações”, foi uma tese defendida na reunião de sexta-feira, assim como o apelo aos fornecedores, sensibilizados a “continuar a apoiar as cooperativas de consumidores e o comércio tradicional, evitando o seu esmagamento a prazo pelos grandes grupos distribuidores.”

Fernando Parreira, o presidente da Pluricoop, expôs aos cooperadores e trabalhadores da assembleia a análise da direcção face ao grave momento por que a cooperativa atravessa. O problema é a asfixia financeira. Colocar produtos nas lojas é prioritário, o que passa por resolver o problema da liquidez e fazer um protocolo com os fornecedores, “Com isto acabavam-se os problemas”, acredita Fernando Parreira.

No sentido de colocar fim a este ciclo, a direcção tem contactado entidades públicas, financeiras e outras instituições, até fora do país. O presidente da cooperativa acredita haver três soluções, uma delas seria entre a Pluricoop, o Governo, o IAPMEI e os bancos. Outra, em cima da mesa, será uma solução entre a Pluricoop, a CoopLisboa, e outros parceiros nacionais e estrangeiros. A outra solução é a Pluricoop resolver a situação com os seus próprios meios e na base do seu património.

A loja Pluricoop localizada entre o Mercado do Livramento e o Tribunal de Setúbal é uma das que se encontra “provisoriamente” encerrada. O motivo prende-se com o facto dos trabalhadores terem suspendido o contrato e recorrido ao Fundo de Garantia Salarial, alegando ordenados em atraso.

Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) explicou a «O Setubalense» que a situação da Pluricoop deve-se ao estrangulamento financeiro, o que se reflecte na falta de produtos nos expositores devido ao corte por parte dos fornecedores.

“Perante o agravamento da crise social e económica, o Governo e a Banca, ao exigirem garantias reais, rácios de solvabilidade e de rendibilidade de capital, ignoram as especificidades das empresas cooperativas, e fazem tábua rasa do texto constitucional que prevê a atribuição às cooperativas de condições mais favoráveis à obtenção de crédito e auxílio técnico,” explicou a sindicalista.

PARLAMENTAR O CESP pediu audiências com os responsáveis políticos do distrito, para que “exerçam pressão na Assembleia da República.” Segundo Célia Lopes, os grupos parlamentares do PCP e BE já apresentaram requerimentos na A.R., o mesmo devendo acontecer através do PSD, lamentando a sindicalista que, até agora, o PS “ainda não ter dado resposta ao nosso pedido de audiência.”

Teodoro João

5 comentários:

  1. trabalhei lá na cooplisboa na salgueirinha e fui roubado ordenados de miseria e trabalho escravo, bem feita espero bem que se lixem que vão à falÊncia de vez.

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  2. É pena as coisas chegarem ao ponto de afirmarem que as lojas fecharam devido aos trabalhadores suspenderem os contractos,quando na realidade foi pluricoop que obrigou amaioria dos trabalhadores a suspender(ou suspendem ou vão para a rua sem nada neste momento não temos lugar nas lojas para voçes,isto foi dito nas lojas antes de encerrarem as lojas)e uma vergonha que ao menos não têm a dignidade de assumirem a burrada que fizeram!

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  3. É verdade, é uma vergonha irem para a insolvência sem darem a cara,nem uma explicação aos trabalhadores que neste momento pagam para trabalhar, pois nem os salários estão a receber á 3 meses.

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  4. tanta gente a roubar, aqueles que tudo deram pela coop consumo de setubal ,os empregados sofreram e sofrem na pele a ma gestão de directores com a 4ª classe tirada em baixo dum chaparro

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  5. e onde para a msg anterior?

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