De 4 a 8 de Abril, decorre nas instalações da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal a exposição de escultura em pedra denominada “Fragmentos de História”, do escultor Carlos Eufémia.
A organização da exposição é da responsabilidade de Elsa Nunes e Anita Serafim, estudantes do 3º ano do curso de Promoção Artística e Património da ESE/IPS e conta com o apoio da ESE/IPS e da Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal.
Carlos Eufémia nasceu em Lourenço Marques, em 1966. Em 1990, vai viver para o Canadá onde tem um primeiro contacto com a escultura, mas é só em 1994, depois de uma breve passagem pela pintura, que se dedica ao trabalho da pedra, meio com carácter intemporal e qualidade histórica, primordial e eterno.
Escultor da região da Costa Azul retrata figuras da história de Portugal, do mundo antigo e da pré-história, esculpindo directamente pedras de Portugal, como mármores do Alentejo, calcários de Sintra e de Palmela, além de uma miríade de outras pedras que conferem às suas obras brilho, cor, texturas e beleza que só a natureza pode proporcionar.
Cada peça é única, esculpida directamente em pedras naturais. O autor não utiliza fotos ou desenhos no processo criativo, transferindo a ideia directamente para a pedra. As pedras são escolhidas pela sua beleza e qualidade quer na região onde reside, quer em diversas pedreiras portuguesas. Algumas peças são envelhecidas através de métodos naturais e outras polidas manualmente.
A sua obra representa um esforço de aproximação ao nosso passado. A forma como Carlos Eufémia representa na pedra um caçador do paleolítico, um mercador fenício, um navegador português ou simplesmente uma taça, faz-nos acreditar que a peça atravessou os tempos e foi obra de arte, objecto de culto ou simplesmente testemunha de povos e civilizações já desaparecidas.
Presente em várias exposições, obteve alguns prémios de que destaca o 1º prémio na Feira de Artesanato AERSET de 1999 e o 2º prémio na Exposição do Jubileu Artes Plásticas 2000 da diocese de Setúbal.
É representado em várias colecções particulares na Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Suécia, Suíça e Portugal.
Fonte: Jornal do Barreiro
Fonte: Jornal do Barreiro
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