quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Actores do território da Região reunidos para debater estratégias de desenvolvimento

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A Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) acolheu, ontem, o 2.º Seminário de Empreendedorismo e Desenvolvimento Regional, uma organização daquele estabelecimento de ensino e da ADREPES. Diversos actores desta região participaram no evento, que pretende definir estratégicas com vista ao desenvolvimento sócio-económico desta nossa península.

Sete workshops temáticos, envolvendo instituições/entidades da região e alunos da Escola Superior de Ciências Empresariais, decorreram, ontem, nas instalações daquele estabelecimento de ensino, sito na Estefanilha.

Integrado nesta que foi a segunda edição do Seminário de Empreendedorismo e Desenvolvimento Regional, os workshops debateram as seguintes temáticas: Agricultura, Pescas e Mundo Rural; Indústria; Articulação entre Serviços Públicos e Privados para o Desenvolvimento da Região; Intervenção Social e Soluções para a Comunidade; Ambiente e Energia; Recursos de Apoio ao Empreendedorismo, e Coesão e Marketing Territorial.

Pedro Dominguinhos, vice-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), começou por abordar a mais-valia deste seminário, promovido pela ESCE e ADREPES: “Debater as diversas temáticas para, em conjunto, discutir o que poderá ser o futuro desta Península. Até tendo em conta a discussão, na UE, do novo quadro comunitário de apoio, importa que cada região defina as suas prioridades estratégicas que quer para o seu desenvolvimento.”

O responsável do IPS frisou que as conclusões deste seminário serão divulgadas por entidades públicas e privadas, “no sentido de se encetarmos um projecto participado de discussão para termos uma espécie de caderno de encargos a apresentar às entidades públicas e políticas sobre o que gostaríamos que fosse o futuro desta região.”

Pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), o vice-presidente, Rui Garcia, sublinhou que, passados 8 anos sobre a elaboração do PEDEPES – Plano Estratégico para o Desenvolvimento da Península de Setúbal – “as mudanças na economia e na sociedade portuguesa, a europeia e mundial foram mais negativas que o expectável”, justificando com isso que “alguns grandes projectos foram adiados, o que voltou a alterar os dados com que se joga o desenvolvimento desta região.”

Depois de considerar que “só o crescimento económico, o reforço da capacidade produtiva e o aumento do emprego e a melhoria das condições de vida, poderão superar este crise”, o dirigente da AMRS defende que a região de Setúbal “continua a ter enorme potencial de desenvolvimento.”

“O futuro e os resultados do PEDEPES dependerão da forma como esta península, agentes económicos, políticos e sociais, o souberem e quiserem utilizar, tomando nas suas mãos a imprescindível tarefa de construção do futuro,” reforçou Rui Garcia.

Henrique Soares, director da ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal – começou por sublinhar que a recente eleição, de três vinhos moscatéis e um vinho tinto da nossa região, de entre um universo dos 50 melhores vinhos disponíveis no mercado americano, “é, naturalmente, motivo de grande regozijo.”

A vitivinicultura é um dos pilares da economia sustentável da região de Setúbal. Instado sobre a vindima deste ano, Henrique Soares lança um sorriso de satisfação: “Há razões para satisfação; a colheita foi boa, e os vinhos são de alta qualidade”, esperando, contudo, aguardar pelos resultados finais, dentro de poucas semanas.

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