sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Estrada da Algodeia: Palmeiras situadas em terrenos da Petrogal ameaçam residência

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Duas palmeiras, situadas em terrenos de propriedade da Petrogal, estão em risco eminente de queda, ameaçando uma residência habitada por um casal, que já teve prejuízos materiais quando, no passado mês de Fevereiro, a copa de uma das palmeiras caiu sobre uma arrecadação, provocando vários estragos. A empresa garante que tem estado a acompanhar o problema e que o corte da palmeira deverá ser feito hoje de manhã.

Ao início da avenida Doutor António Rodrigues Manito, no espaço ocupado pela estação de serviço da Galp, encontram-se várias palmeiras, todas elas centenárias mas que, após terem sido atacadas pelo escaravelho, têm vindo a morrer lentamente. No entanto, duas destas palmeiras – situadas nas traseiras da referida estação de serviço –, que estão completamente mortas e em risco eminente de queda, ficam junto ao muro do quintal do n.º 46 da Estrada de Algodeia, cujos moradores temem pela vida, caso a mesma não seja rapidamente removida e a queda aconteça.

Com efeito, na referida residência moram Maria de Jesus e Carlos Manuel Encarnação, um casal sexagenário que vive preocupado com as consequências da queda da referida árvore, o que pode acontecer a qualquer momento, dado o estado em que a mesma se encontra. Por outro lado, a copa de uma das palmeiras já desabou sobre a arrecadação que o casal tem construído no quintal, “tendo provocado vários danos”, tal como «O Setubalense» pode constatar no local. Aliás, na noite em que a copa da palmeira caiu, em Fevereiro deste ano, “estava uma noite de muito vento e chuva e nós acordámos com aquele estrondo enorme” que o casal só entendeu o que era quando foi ao quintal.

Maria de Jesus e Carlos Manuel já haviam contactado com a Petrogal, proprietária do terreno, em Dezembro do ano passado, dando conta do problema que afectava as referidas palmeiras e solicitando o corte das mesmas antes que acontecesse algum acidente. No entanto, perante a falta de resposta (e de intervenção) da empresa, quando este acidente aconteceu o casal voltou novamente a desenvolver vários contactos – com a Câmara Municipal de Setúbal, com o concessionário da Galp e, novamente com a Petrogal – alertando para o perigo em que se encontram e para a eminente queda da árvore sem que, até ao momento, tenham qualquer indicação de resolução daquele problema.

Desta forma, «O Setubalense» contactou com as entidades anteriormente abordadas pelo casal tendo-nos sido dada informação, por parte da autarquia sadina, de que após a queda da copa da palmeira, “os bombeiros Sapadores de Setúbal estiveram no local, retiraram a copa da árvore e contactaram com o concessionário da Galp alertando-o para a necessidade de resolver o problema, o que o mesmo se comprometeu a fazer, com o corte das árvores”. Por seu lado, Fernanda Hóstia, gerente da referida estação de serviço, adiantou a «O Setubalense» que os terrenos são propriedade da Petrogal, “com a qual já contactamos por diversas vezes, alertando para o perigo de queda da árvore e solicitando o corte das mesmas”, adiantando “termos vários documentos em nossa posse que provam os alertas feitos e os pedidos de intervenção da empresa, proprietária do espaço, e onde nós somos somente revendedores”. No entanto, e segundo Fernanda Hóstia, “apesar da empresa ter garantido que iriam tratar da situação, o facto é que ainda ninguém esteve no local e o problema mantém-se”.

Desta forma, «O Setubalense» entrou em contacto com o serviço de Relações Externas da Petrogal, na tentativa de confirmar a intervenção da empresa na resolução do problema tendo-nos sido dito de que a situação “está a ser por nós acompanhada”, após os serviços da câmara municipal “terem estado no local e dado indicação da necessidade de proceder ao corte da mesma”. Ana Margarida Pereira, do referido serviço da Petrogal, deixou ainda a garantia de que a palmeira vai ser retirada “muito em breve, possivelmente amanhã de manhã”, ou seja, hoje.

Fonte: O Setubalense

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