Um homem, na casa dos 60 anos, terá cometido suicídio, ao acelerar a viatura em que seguia, para o rio Sado. O corpo foi removido da água pelas 23.30 horas de ontem. O sexagenário viajava sózinho no Mercedes.
Diz quem assistiu que o homem fez uma louca manobra na viatura, em cima do cais n.º 2, junto à Lota, acelerando o Mercedes em direcção ao rio. A velocidade atingida no curto espaço foi necessariamente considerável, na medida em que a viatura “aterrou” no fundo do rio a cerca de 40 metros de distância da distância, frente à Doca Delpeut, palco, em Agosto último, de outro suicídio, em circunstâncias muito semelhantes.
Foi um pescador lúdico que assistiu ao suposto suicídio da noite de ontem, e deu o alerta, pouco antes das 21 horas, ao 112, passando depois a ocorrência para a alçada da Polícia Marítima, entidade que fez deslocar ao local duas embarcações. Uma delas, de nome de registo ‘Caminha’ veio propositadamente de Sesimbra, transportando uma equipa de quatro mergulhadores forense da Polícia Marítima.
Os mergulhadores retiraram o corpo do interior da viatura pelas 23.30 horas e, apesar de haver a suspeita de mais algum ocupante a bordo, tal não se viria a confirmar nos mergulhos efectuados pela equipa forense da Polícia Marítima.
No local, entre o pavilhão do Clube Naval e o edifício da Docapesca - estiveram agentes da PSP, que procederam à delimitação do teatro de operações, bem como elementos da Polícia Marítima, Bombeiros Sapadores e Voluntários, INEM e responsáveis da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).
De resto, a APSS contactou uma grua que, proveniente do Barreiro, procedeu à remoção do automóvel, operação concluída cerca das 3 da madrugada. Segundo conseguimos apurar no local (se bem que não confirmada oficialmente), trata-se de um Mercedes, matrícula 54-80-XS, de cor escura. José Joaquim Rosado Chora, de cerca de 60 anos de idade, será a identidade do condutor e único ocupante, que não é natural de Setúbal. O corpo foi transportado para a morgue do Hospital de S. Bernardo, para respectiva autópsia.
Segundo disse no local à nossa reportagem o capitão do Porto de Setúbal, que presidiu a toda a operação ao longo da noite de ontem, o caso será agora alvo de inquérito, situação normal nestas situações. “Através dos documentos pessoais, vamos fazer chegar a informação à família”, avançou Lopes da Costa.
De referir que a viatura passou pelo acesso a uma zona de estacionamento pago, na altura desactivado, destinada a comerciantes de peixe do mercado de segunda venda da Lota, pelo que tinha a cancela em cima. Foi por aí que o Mercedes acedeu ao cais n.º 2, totalmente desprovido de qualquer barreira impeditiva de chegar ao rio.
Fonte: O Setubalense
Fonte: O Setubalense
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