As estações dos CTT na Loja do Cidadão e na praça do Bocage podem encerrar brevemente. A decisão de encerramento insere numa lógica de contenção de custos da empresa, que pretende fechar, durante este ano, mais de 140 estações em todo o país.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) alega que, “oficialmente”, nem o sindicato, nem a comissão de trabalhadores têm conhecimento da situação, dado que o eventual encerramento não foi comunicado pela administração dos CTT. No entanto, Eduardo Rita, responsável sindical, adianta que tem conhecimento de que “vão encerrar duas estações em Setúbal e uma no Barreiro, em breve, dentro de um ou dois meses”.
Para o SNTCT, esta situação não é uma surpresa dado que a decisão insere-se numa politica de contenção de custos dos CTT. Aliás, o actual presidente da empresa já havia admitido publicamente “a intenção de encerramento de 140 a 149 estações, durante este ano”, expôs o dirigente sindical.
No total estamos a falar de nove postos de trabalho: três na Loja do Cidadão, quatro na praça do Bocage e dois no Barreiro. De acordo com a informação veiculada pela administração ao sindicato, “esses funcionários devem ser recolocados noutros postos, o mais perto possível da sua área de residência”.
Questionado sobre a intenção de tomar algumas medidas contra esta decisão, Eduardo Rita explicou que, “dantes, bastava que as juntas de freguesia e as câmaras municipais se manifestassem contra o encerramento, junto da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), para que tal não acontecesse, no entanto, com a alteração da legislação, nem as autarquias locais têm poder para evitar esta situação”.
Ainda assim, o sindicato estaria disposto a partir para a luta, caso a população se revoltasse, no entanto, “no caso da estação da praça do Bocage, não acredito que haja muita contestação por parte da população, dado que existe outra estação a praticamente 150 metros – a do Bonfim”, alega. “Se fosse a única estação dentro da localidade, a população não ia concordar e tentaríamos, junto com a população, contrariar a decisão, mas assim, não vale a pena o sindicato fazer uma luta só com os trabalhadores dessas estações porque não teria efeito”, explicou o sindicalista.
Já no que se refere à da Loja do Cidadão, que tem mais afluência, Eduardo Rita alerta que essa estação tem uma gestão diferente e “já mexe com outros organismos estatais”.
«O Setubalense» contactou o gabinete de comunicação dos CTT para tentar confirmar os encerramentos, no entanto, até à publicação desta edição, não foi possível obter uma resposta.
Vera Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário