quarta-feira, 16 de março de 2011

Rua transformada em casa de banho pública

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A conspurcação da via pública continua a ser um dos grandes problemas desta cidade. Há quem arremesse lixo para o chão, outros cospem nas calçadas, e há ainda quem não se coíba de “se aliviar” nas ruas, deixando-as repletas de dejectos e urina. É este o caso da rua Isabel de Aguiar, pequena artéria transversal à av. Luísa Todi, mesmo junto ao tribunal.

Vera Gomes

A situação torna-se insustentável para quem trabalha na zona e para quem diariamente por ali circula. O cheiro nauseabundo é a principal queixa, mas a imagem também não deixa ninguém indiferente. Vários dejectos humanos, e certamente também urina, apresentam-se junto à calçada, ensopados em poças de águas pluviais. Não bastavam os excrementos deixados por cães vadios, agora também temos que conviver com ruas infestadas de fezes humanas?!? Estamos em Portugal, no século XXI, e não em nenhum país de terceiro mundo…certo?

O descontentamento dos transeuntes, já habituados à “precaridade social” na avenida Luísa Todi, é generalizado, como explica um nosso leitor, frequentador daquela área. “Aprendemos a viver com os apupos grosseiros às nossas mulheres e colegas, aprendemos a fazer ouvidos de mercador às injúrias e insultos que nos proferem por não colaborarmos para a sua causa, mas não conseguimos de forma alguma ficarmos alheios ao facto destes indivíduos fazerem desta avenida a sua casa de banho”, alega, referindo-se aos arrumadores de carros que, na opinião do queixoso, são os responsáveis pelo vergonhoso cenário.

Não deixa de ser curioso constatar que a referida artéria, entre a av. Luísa Todi e a av. Regimento de Infantaria 11, está “nas barbas” do tribunal e a escassos metros do edifício da Segurança Social e ainda relativamente perto do Comando e Esquadra da PSP, do Governo Civil e dos Paços do Concelho, entidades/autoridades que poderiam ter alguma acção perante esta triste e decadente realidade.

Tratar-se-á de um problema de falta civismo ou de demência causada pela dependência de estupefacientes. Seja qual for a causa, o que importa é que este é, sem dúvida, um caso de saúde pública, que se espera que seja resolvido pelas entidades competentes, para bem da nossa cidade e dos que nela habitam e trabalham.

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