segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sexagenário suicida-se na linha de comboio em Setúbal

'Foi uma coisa horrível'. Pouco faltavam para as dez da manhã quando José Francisco se atirou para a linha do comboio que fazia o trajecto Barreiro/Praias do Sado, em Setúbal. O homem, com cerca de 60 anos, perdeu de imediato a vida e a linha ficou interrompida durante mais de uma hora, até o corpo ser removido.

Em Setúbal, quem assistiu ao trágico incidente, conta que nada fazia prever que Francisco planeasse pôr termo à vida. “Estávamos aqui na esplanada a tomar café quando ele ouviu o comboio ao longe. Depois levantou-se, correu para a linha e atirou-se. Foi uma coisa horrível”, relembrou Maria Fernanda, 65 anos, reformada, e residente no Bairro do Miradouro, onde se situa a antiga passagem de nível onde tudo aconteceu. 

“Ele parecia bem-disposto. Estava calado, mas isso era normal”, continuou. Em estado de choque estava também a pequena Matilde. Com apenas oito anos, esta criança assistiu de perto a tudo. “Ele viu o comboio e atirou-se. Sem fazer nenhuma cara nem nada. Atirou-se só”, relembra. A criança estava visivelmente agitada e contava aos curiosos que passavam o que tinha acontecido. Empoleirada no murro que separava a estrada da linha-férrea, só foi afastada do local quando a polícia informou que o corpo iria ser removido e que devido ao mau estado do cadáver “talvez não fosse boa ideia ter crianças a assistir”.

Segundo o INEM, que acorreu ao local do acidente, o corpo de José Francisco tinha o pescoço, pernas e braços fracturados, e vários hematomas pelo corpo todo. “Já não havia nada a fazer. Quando chegaram encontraram o corpo já cadáver”, avançou outra fonte do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal. 

As especulações ilustram agora os motivos que levaram José Francisco a pôr termo à vida. Uns apostam em depressão, outros em problemas financeiros. Mas ninguém consegue assegurar ao certo o que terá levado este homem a acabar com a própria vida de uma forma tão violenta. “Agora vamos avançar com as diligências normais e tentar apurar os verdadeiros factos”, contou um membro da PSP enquanto procurava objectos pessoais de José Francisco ao longo da linha-férrea. Na mão levava já a bateria do telemóvel da vítima. Espalhados pelo chão estavam ainda a carteira e um isqueiro da vítima.

Fonte: SOL

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