sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Café “O Monte”: Comerciante agredido durante assalto a estabelecimento

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Um comerciante de 75 anos foi agredido no decorrer de um assalto ao seu estabelecimento, um café situado na rua Padre José Maria Nunes da Silva, na área da Terroa, em Setúbal. No espaço de dois meses esta foi a terceira vez que aquele estabelecimento é alvo de assalto, mas só desta vez durante o horário de funcionamento do mesmo.

Alguns maços de tabaco e umas garrafas de whisky foram o motivo que levaram três indivíduos a agredir um comerciante de 75 anos de idade, proprietário do café “O Monte”, situado nos n.ºs 84 e 86 da rua Padre José Maria Nunes da Silva, na área da Terroa, nesta cidade.

Segundo Joaquim António Conceição Rodrigues, proprietário do referido café, o assalto ocorreu cerca das 20.50 horas da passada terça-feira, numa altura em que não se encontrava nenhum cliente no café facto que não será muito usual aquela hora mas que Joaquim Rodrigues justifica com o facto de “estar uma noite muito fria e como estava a dar um jogo de futebol num dos canais generalistas, as pessoas terão optado por ver o jogo em casa”. A vítima encontrava-se fora do balcão, sentado numa das mesas do café, quando viu entrar “três indivíduos com cachecois a cobrir a boca e o nariz, mas não me assustei, até porque estava bastante frio e por vezes as pessoas cobrem-se daquela forma”.

Sem que tenha sido dita qualquer palavra, Joaquim Rodrigues foi de imediato imobilizado por um dos indivíduos que o empurrou para o chão e lhe colocou um pé em cima da cara, enquanto os outros dois assaltantes entraram no interior do balcão e roubaram “algumas garrafas de whisky e alguns maços de tabaco”. Ainda segundo a vítima, “um deles ainda mexeu na caixa registadora, mas não a conseguiram abrir e também acabaram por não a levar”, situação que Joaquim Rodrigues associa ao facto de ter começado a gritar, a pedir ajuda, e que terá motivado a fuga dos assaltantes.

Visivelmente emocionado e psicologicamente afectado, este septuagenário, proprietário daquele café há cerca de 38 anos, desabafou com “O Setubalense” dizendo que a partir de agora “vou ter que passar a fechar mais cedo”, normalmente encerrava o café por voltas das 22 horas, “porque não posso estar sujeito a situações como esta, até porque a minha esposa é doente, desde que isto aconteceu que não descansa como deve ser e eu próprio, que trabalho desde os 14 anos, custa-me muito estar sujeito a situações desta natureza sem ter como reagir”.

Joaquim Rodrigues desabafava ainda que “o que está a acontecer é uma coisa fora do normal, roubam e tratam mal as pessoas por dois ou três maços de tabaco e eu, que não fui criado assim, vejo o trabalho de uma vida ser posto em causa por gente que faz o que quer e nunca é castigada”. Aliás, este comerciante diz não ver solução para a diminuição de crimes desta natureza, uma vez que “a polícia faz o seu trabalho mas depois os criminosos não são castigados, sabem que não vão presos e continuam nesta vida” o que, segundo esta vítima, é também motivo para que “grande parte das pessoas assaltadas, e que têm uma porta aberta, optam por não apresentar queixa porque sabem que eles não ficam presos e têm medo de represálias”.

Fonte: O Setubalense

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