sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Comunidade escolar de luto pela morte da professora Lígia Figueiredo

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A professora Lígia Figueiredo estava bem disposta e sorridente, ao final da tarde de anteontem. Num ápice, caiu desamparada sob o teclado do computador na sala de direcção da escola básica 2/3 de Bocage. Apesar do socorro imediato, não foi possível salvar a vida da malograda professora que, em 2010, foi agraciada com a Medalha de Honra de Setúbal.

Um acidente vascular cerebral (AVC) apresenta-se como causa mais provável da morte da professora Lígia Figueiredo, de 60 anos de idade e, desde há três, a exercer o cargo de directora do Agrupamento Vertical de Escolas du Bocage.

A tragédia teve lugar perto das 19 horas desta quarta-feira, na sala de direcção da escola básica 2/3 Barbosa du Bocage. Tudo aconteceu num ápice, como testemunhou a «O Setubalense» a sub-directora escolar: “Estava a falar connosco, bem disposta e sorridente. De repente, caiu desamparada sob o teclado do computador e logo percebemos tratar-se de uma situação muito grave”, lembrou Lúcia Figueiral.

“A chegada do INEM foi rápida e os profissionais de saúde foram briosos na reanimação à nossa colega, que acabou por ser transportada ao Hospital de S. Bernardo, onde esteve ligada à máquina durante umas horas, mas infelizmente não resistiu,” lamenta Lúcia Figueiral.

E não se pense que a professora, de 60 anos de idade, poderia ser descuidada com a sua saúde. Lúcia Figueiral garante que “dificilmente alguém teria mais cuidado do que ela e, ainda há cerca de um mês, disse-nos ter realizado diversos testes médicos e que tudo estava em ordem…”

Silvana Paulino, professora e colega da malograda docente, recordou ao nosso jornal que “ainda há poucos dias, no habitual almoço de Natal, ocorrido nas instalações da nossa escola, a professora Lígia mostrou-se bem disposta, ou seja, nada fazia prever uma tragédia destas…”

Quem acompanhou as horas de luta contra a morte travada por Lígia Figueiredo foi a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, era sua amiga pessoal. Lígia Figueiredo foi distinguida pelo município, em 2010, com a Medalha de Honra de Setúbal, classe Actividades Culturais. Mas, dois anos antes (2008), o seu nome, tal como o do músico Dimas Pereira (também homenageado a título póstumo em 2010), havia sido propostos pela câmara, mas entretanto rejeitados pela oposição.

O corpo encontra-se na morgue do Hospital de S. Bernardo a aguardar as respectivas formalidades legais para dar lugar à cerimónia fúnebre. Não se perspectiva que o estabelecimento de ensino venha a encerrar aquando do funeral, ainda sem data, de Lígia Figueiredo.

Lígia Eudora Teixeira Castelões de Figueiredo nasceu há 60 anos em Angola. Era casada e deixa três filhos e um neto.

Do seu vasto curriculum, consta o desempenho do cargo de coordenadora da Área Educativa da Península de Setúbal e membro do Conselho de Escolas. Durante 8 anos foi presidente do Conselho Directivo da Escola Básica 2/3 de Bocage.

Fonte: O Setubalense

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