sexta-feira, 13 de abril de 2012

Manifestação pela defesa do Serviço Nacional de Saúde vai amanhã ligar as praças do Brasil à de Bocage

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Em nome da defesa do Serviço Nacional de Saúde, a União dos Sindicato de Setúbal (USS) e o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) promovem, amanhã à tarde, uma manifestação que ligará as praças do Brasil à de Bocage.

“Esta acção pretende denunciar o que têm sido os cortes cegos impostos pelas medidas da troika e que têm levado à degradação do Serviço Nacional de Saúde,” começou por dizer o dirigente da União dos Sindicatos de Setúbal, Luís Leitão.

Falando aos jornalistas, anteontem nas instalações da USS, aquele dirigente frisou as “medidas que visam prejudicar os utentes, caso do aumento das taxas moderadoras, preço dos medicamentos ou o fim do apoio ao transporte de doentes não urgentes.”

Para a manifestação da tarde de amanhã, com concentração agendada para as 15.30 horas, na praça do Brasil, a organização anuncia, para além da população que entenda manifestar-se, a presença de agentes de diversos sectores da saúde (médicos, enfermeiros e auxiliares dos hospitais), bem como cinco corporações de bombeiros da península de Setúbal.

Diga-se que esta acção de amanhã é destinada à península de Setúbal. Em Grândola, acontecerá outra manifestação, para o sul do distrito. Mas outras manifestações estão agendadas para esta mesma tarde, noutros pontos do país.

Luísa Ramos, do grupo permanente da direcção nacional do MUSP, considerou haver um “ataque” à saúde dos portugueses, devido “aos sucessivos governos terem sub-financiado o Serviço Nacional de Saúde”, ou seja, explicou, “foram canalizando o apoio ao sector da saúde para as parcerias público-privadas e aos grupos económicos, tornando a saúde uma apetência para o negócio.”

Aquela dirigente do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos exaltou as populações a “denunciar o encerramento dos serviços de proximidade (centros de saúde e SAP´s), o que motiva o recurso às urgências hospitalares, e ao desleixo dos cuidados primários de saúde.”

A pretensão governamental de encerrar, ou reestruturar, as urgências polivalentes durante a noite no Hospital Garcia de Orta, em Almada, foi bastante criticada por Luísa Ramos, que alertou para o risco de existência de dois tipos de saúde, “em que os ricos vão para os privados e para os seguros de saúde, enquanto os pobres têm um cuidado mínimo neste direito conquistado pelo 25 de Abril.”

OUTÃO Luís Leitão, da União dos Sindicatos, abordou o Hospital do Outão. “Esperemos que os interesses imobiliários que estão por detrás do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, não se repita aqui no Outão.” Instado sobre se sabe algo mais sobre essa matéria, o dirigente sindical disse não ter “nada de concreto”, mas lembrou que “desde há algum tempo se fala que aquilo pode dar uma bela instância de férias, e de frente para Tróia, onde estão Belmiro e Amorim…”

Fonte: O Setubalense

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