Foram muitas as pessoas que, após a notícia publicada na edição de “O Setubalense” da passada quarta-feira, rumaram a esta cidade para ver de perto o exemplar de tubarão, capturado ao largo de Sesimbra, no final de Junho deste ano.
Uma autêntica romaria foi feita ao exemplar de tubarão que, desde a manhã de sábado passado, esteve exposta ao público na placa central da avenida Luísa Todi, na esplanada DM, mesmo frente ao Esperança Hotel, nesta cidade.
A notícia da compra deste animal por parte de um empresário da cidade, foi dada por “O Setubalense” na passada semana e, desde logo, suscitou a curiosidade de residentes da cidade mas, e também, de muitas outras pessoas a nível nacional que, neste período de movimentação de férias, fizeram questão em fazer um “desvio” por Setúbal para ver de perto o que, usualmente, só foi conseguido através de filmagens.
Segundo referiu Alexandre Costeira a “O Setubalense”, desde as primeiras horas da manhã de sábado que a movimentação “foi crescendo e, mesmo tendo a noção de que a exposição de um animal desta natureza era uma novidade, a nível nacional, não contava com tanta gente a passar por Setúbal, de propósito, para ver o tubarão de perto”.
No entanto, o facto é que na noite de sábado, por exemplo, foram cerca de duas mil pessoas as que estiveram naquela área da cidade para serem fotografadas junto aquele exemplar dos mares, o que leva Alexandre Costeira a dizer, com ironia, de que “se estivesse a ganhar dinheiro com isto, ter recebido 1 euro por cada foto tirada, já me dava para fazer um investimento de mais um ou dois tubarões capturados em qualquer ponto do mundo”.
Como sempre acontece em situações desta natureza, as opiniões dividem-se e, se aquando da captura do animal os ânimos não se revelaram muito opinativos, desde que Alexandre Costeira o comprou e a notícia foi publicada no nosso jornal, algo parece ter mudado na opinião dos defensores dos animais. Ou seja: através das redes sociais, este empresário setubalense passou a ser visto como um “destruidor” de espécies, coisa que o mesmo renega com toda a veemência explicando que soube da captura pelas noticias divulgadas nos canais televisivos, a partir das mesmas, e dado o seu fascínio por estes predadores dos mares, “o meu primeiro impulso foi ir a Sesimbra e adquirir o animal que, de qualquer forma, estava morto e ia ser colocado a venda em lota… não o matei, não pedi que o matassem… estava já sem vida e eu só quis preservar o tubarão e dar a partilhar, com quem o quisesse ver, uma espécie que me fascina”, voltando a sublinhar que nunca pensou que a curiosidade da população em geral fosse a que acabou por se reflectir na adesão do fim-de-semana passado.
No entanto, para já, o tubarão vai ser retirado daquele espaço durante a semana mas voltará, entre sextas e domingos e enquanto o tempo o permitir, aquela esplanada da placa central da avenida Luísa Todi. Depois?... Quem sabe?! Propostas não faltam a este empresário, nomeadamente a de alguns museus, a nível nacional, para que aquela espécie de tubarão possa servir para algo mais do que cumprir um sonho de criança, de ter como seu o que muitos de nós passam a vida a ter como uma imagem de um sonho…
Fonte: O Setubalense
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