Um homem, com cerca de 30 anos, incendiou a casa onde residia, no bairro de Montalvão, após o que destruiu as montras de um estabelecimento comercial existente num dos edifícios contíguos aquele em que habita. As causas para os dois actos são desconhecidas.
Estava em fuga, ao final da tarde de sexta-feira passada, o homem que momentos antes havia incendiado a casa onde residia, um terceiro andar da rua Frei António das Chagas, n.º 40A, após o que saiu para a rua e apedrejou um estabelecimento comercial, situado no rés do chão de um edifício vizinho, partindo duas das montras e o vidro de uma vitrina existente no interior da loja onde, só por mero acaso, não provocou ferimentos nos clientes e proprietário que se encontravam na mesma.
Segundo o que conseguimos apurar, o indivíduo, com cerca de 30 anos de idade, reside naquele local (com um número indeterminado de pessoas) há cerca de 15 dias e, até sexta-feira passada, nunca tinha demonstrado qualquer sinal de agressividade. No entanto, naquele dia de manhã, cerca das 11 horas, começaram a ouvir-se gritos de discussão provenientes da habitação o que levou alguns dos vizinhos a chamarem a PSP ao local a qual acabou por solicitar a presença de uma ambulância, na qual o indivíduo (que se mostraria bastante agressivo e que ofereceu resistência em ser levado pelos agentes da autoridade) foi conduzido para o Centro Hospitalar de Setúbal, sob escolta da PSP.
Algum tempo depois, o indivíduo que terá conseguido fugir da vigilância policial e dos serviços hospitalares voltou novamente ao local onde reside, deitou fogo a um sofá e umas peças de mobília, saiu para a rua e com pedras da calçada partiu duas montras da pastelaria/padaria “Gaby”, situada naquela mesma artéria e que, só por mero acaso, não provocaram ferimentos nas pessoas que se encontravam no interior do estabelecimento, tal como contou a “O Setubalense” António Palma Ferreira, de 68 anos, proprietário do mesmo.
Segundo o dono da pastelaria, “aquela pessoa já aqui tinha vindo algumas vezes e sempre sem qualquer problema. Bebia um café e era um cliente que nunca foi agressivo ou com o qual tivesse tido algum mal entendido”, facto pelo qual ficou surpreendido com a violência que naquele dia demonstrou. Aliás, António Ferreira diz que as pedras que foram arremessadas ao seu estabelecimento, “não só partiram as duas montras, como partiram uma vitrina do interior da pastelaria e só por sorte não atingiram um cliente que aqui se encontrava”. Ainda segundo aquele comerciante, os danos materiais são bastante avultados, mas que, na ocasião em que com ele falámos, ainda não estavam apurados. Depois destes actos o indivíduo colocou-se em fuga.
No local estiveram os Bombeiros Sapadores de Setúbal, a PSP e a Protecção Civil Municipal, para apurar das condições de habitabilidade do espaço incendiado.
Fonte: O Setubalense
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