segunda-feira, 28 de março de 2011

Conselho de parlamentar do PSD em colóquio sobre saúde no distrito


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O futuro novo governo deverá reorganizar o Serviço Nacional de Saúde, não o privatizando!”


“Acredito e defendo piamente no Serviço Nacional de Saúde público, e chego a recear sobre o que o PSD quer fazer nesta matéria.” A posição foi tomada pelo vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, num colóquio realizado em Setúbal. Adão Silva aconselhou o novo Governo a “reorganizar” os cuidados primários, hospitalares e continuados.

“Melhorar, optimizar e até desparasitar o sistema, mas nunca abandonar ou privatizar o Sistema Nacional de Saúde, que constitui um poderoso instrumento de promoção da coesão dos portugueses,” defendeu o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, durante um colóquio realizado, na noite de quinta-feira, em Setúbal.

Adão Silva defende haver necessidade de “encontrar soluções que integrem os cuidados primários, hospitalares e continuados, numa mesma organização englobante, o que evitaria gastos de tempo e dinheiro, através da hiperburocratização”, apelando ao uso das tecnologias de informação e comunicação.

O responsável parlamentar social-democrata nem quer ouvir falar da hipótese de privatização do Serviço Nacional de Saúde, cenário de alguma forma já admitido pelo líder do seu partido. “O novo Governo deverá apostar em reorganizar, coordenar e unificar os pilares do Sistema de Saúde, mas nunca privatizá-lo, porque ele é um garante da democracia,” apelou.

Abordando o que classificou de “questionamento” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Adão Silva lamentou que “pela primeira vez, o orçamento do SNS sofreu, de 2010 para 2011, uma inversão brutal, na ordem dos 12 por cento, cerca de mil e duzentos milhões de euros.”

O colóquio “Saúde – Que futuro para o distrito de Setúbal” foi promovido, quinta-feira, no Novotel, pela Comissão Política Distrital de Setúbal e o Gabinete de Estudos Distrital, respectivamente presididos por Pedro do Ó e Maria das Mercês Borges.

O evento foi assistido por perto de uma centena, destacando-se uma forte presença de deputados social-democratas eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal, casos de Fernando Negrão, Luís Rodrigues e Mercês Borges. Muitas individualidades do distrito, directa ou indirectamente relacionadas com a temática em discussão, assistiram e intervieram no debate, moderado por Luís Cabrita.

De entre o painel de intervenções, Emanuel Esteves, assistente graduado sénior no ACES Setúbal e Palmela abordou o tema “Primários, Primeiros ou Bastardos?” Vítor Rocha, assistente graduado do Centro Hospitalar de Setúbal, falou da “Complementaridade dos cuidados de saúde: Unidades locais de saúde”. Angelina Francisco, enfermeira supervisora no Hospital Garcia de Orta, abordou o tema “A Prestação integrada de cuidados de saúde/Primários e hospitalares – vivências, perspectivas e desafios.”

Ana Teresa Xavier, assistente graduada no Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, abordou a temática dos “Cuidados Continuados/Paliativos.”

“A população tem vindo a envelhecer, a esperança de vida a aumentar, e o modelo de família mudou bastante”, disse a técnica de saúde, que considerou, em matéria dos cuidados paliativos, “estarmos muito aquém da real necessidade de camas.”

Para Ana Teresa Xavier muito há a fazer nesta específica área da saúde (cuidados paliativos/continuados), a ponto de considerar que “apesar de ter havido algum esforço, a realidade não deixa de ser uma falácia.”

Teodoro João

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