quarta-feira, 30 de março de 2011

Escola Secundária do Bocage: Grupo de alunos realiza actividades educativas para crianças

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Os alunos da Escola Secundária de Bocage ofereceram um dia diferente aos alunos da Escola dos Arcos, sendo que organizaram um conjunto de actividades educativas nas áreas da biologia, desporto, matemática e química. O principal objectivo da iniciativa que decorreu anteontem consistiu em estabelecer uma verticalidade de conhecimento entre ciclos, ao aproximar os mais pequenos de áreas científicas que futuramente serão as suas.

Os alunos do 12º ano, turma B, da Escola Secundária do Bocage desenvolveram um projecto que pretendeu evidenciar o carácter bipolar da ciência, ou seja, apresentar tanto o lado lúdico com que a ciência pode ser abordada, como a importância que esta desempenha na actualidade. O público-alvo foi a Escola dos Arcos, da qual estiveram presentes quatro turmas, que se subdividiram em pequenos grupos de modo a potencializada o funcionamento de cada área. O projecto contou com quatro áreas distintas, cada uma delas com actividades práticas onde todos os alunos tiveram a possibilidade de participar e colaborar.

Catarina Cerejo, um dos elementos do grupo que organizou esta iniciativa, afirma que a interacção entre os dois ciclos “contribui para o alargamento de conhecimentos e do futuro”. Ao mostrar como funciona o “mundo dos mais crescidos” estabelece-se uma certa “aproximação”. A aluna salienta ainda que esta iniciativa pretende mostrar que “a escola não é só estudar, podem-se fazer também coisas divertidas”. Em relação à ciência, Catarina Cervejo atribui um valor de “extrema relevância”, na medida em que se encontra permanentemente presente no nosso quotidiano. O desporto deverá, por sua vez, estar sempre presente nas nossas vidas – “não podemos ter uma vida muito parada, poderá tornar-se prejudicial”.

A existência de uma “troca mútua” é bastante evidente para Olga Afonso, professora de apoio educativo da Escola dos Arcos, enquanto os alunos do secundário têm a oportunidade de por em prática aquilo que aprenderam, os alunos do 1º ciclo têm a possibilidade de contactar com novas áreas e apreender igualmente novas noções – existe assim uma “verticalidade de conhecimentos”. A professora salienta também o lado lúdico e visual deste projecto, pois faz com que as crianças “adquiram mais facilmente o conhecimento”. “Saber estar, saber fazer, saber ser em conjunto com o estímulo do trabalho em equipa” são os principais benefícios provenientes deste projecto para Olga Afonso, que exemplifica com a visita a uma ambulância, onde se explicava a missão deste tipo de veículo socorrista, enquanto se mostrada simultaneamente alguns dos equipamentos.

Para Sandra Costa, auxiliar de acção educativa no laboratório de química, verificou que as várias actividades “despertaram o interesse dos alunos pela área”, pois perceberam que “isto nem é assim tão difícil”. Sandra Costa refere ainda que se sente uma certa “pressa de crescer” por parte dos pequenos – querem trabalhar e fazer o mesmo tipo de actividades que aqui viram fazer.

“Estou a divertir-me muito, acho que isto é bom para nós, gostei muito de aprender o jogo do caça ao tesouro e de visitar a ambulância”, diz a aluna Maria Duarte do 1º ciclo. Para a discente este tipo de actividades promove o espírito de equipa – “estamos mais unidos e aprendemos mais”.

A área da qual os alunos gostaram mais foi provavelmente a área da química, nomeadamente as actividades do lenço mágico e criação de pega-monstros. No primeiro, um lenço de papel coberto com água e álcool é incendiado, todavia após a chama se extingui o lenço permanece intacto como se nada tivesse acontecido, o que fascinou bastante as crianças. O segundo cativou-os sobretudo devido à proximidade com o objecto, que consiste num brinquedo vulgar.

Marta Sofia

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