quinta-feira, 24 de março de 2011

PS preocupado com moradores do bairro da Jamaica no Seixal

Os vereadores do PS na Câmara Municipal do Seixal, Samuel Cruz e Fonseca Gil, continuam preocupados com as “condições degradantes” em que vivem cerca de 252 famílias no bairro da Jamaica, no concelho do Seixal. Os socialistas pediram, deste modo, que a maioria comunista na autarquia “impeça o bairro de ter mais 20 anos da mesma história”, encarando o problema e falando com a empresa proprietária daquela zona e com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

O apelo dos vereadores da oposição foi feito depois de uma visita ao bairro em questão, que tem cerca de 5 hectares e começou a ser ocupado ilegalmente no final dos anos de 1990. De acordo com Samuel Cruz e Fonseca Gil, as pessoas que residem no bairro“vivem sem quaisquer condições de salubridade, desviando a água e a electricidade que usam da rede pública”. “Na maioria dos prédios foi possível verificar, aliás, que o sistema de esgotos escoa directamente para a cave que, em alguns casos, já está cheia e escorre assim para a via pública”, sublinham.

“Como consequência desta realidade, alguns dos prédios estão em risco iminente de colapso”, acrescentam os autarcas, que afirmam estar preocupados com as situações de “insegurança” no local. Samuel Cruz e Fonseca Gil afirmam ainda que a “CDU nada de relevante fez com a empresa proprietária dos terrenos para resolver este problema”, aludindo a um protocolo, estabelecido em 2004, que terá sido“esquecido” entre a edilidade e aquela entidade.

Samuel Cruz e Fonseca Gil afiançam que a autarquia “nada fez” depois da aprovação do plano de pormenor daquela zona em 2009, na medida em que esta remete a resolução do problema para o IHRU. “A realidade é que a câmara já isentou a empresa proprietária dos terrenos do pagamento de taxas urbanísticas e autorizou o crescimento dos índices de construção inicialmente previstos para o local”, sublinham.

Durante a última reunião de câmara, Alfredo Monteiro concordou que este “se trata de um problema difícil e com responsabilidades partilhadas”, garantindo que a autarquia “tem tido um diálogo permanente com todas as instituições no sentido de resolver e monitorizar o problema”. Sobre o possível realojamento dos moradores, o executivo comunista recorda que sempre “foi assumido que seria encontrada uma solução tripartida entre a câmara, o proprietário e o IHRU”, responsabilizando-se a autarquia “pelo recenseamento de 1997”.

Fonte: Setubalnarede.pt

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