quarta-feira, 27 de abril de 2011

Associação do Comércio alega que não quer encontrar “bode expiatório” mas sim um “parceiro”

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A delegação de Setúbal da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal (ACSDS) comenta as afirmações que a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, proferiu durante a última sessão de câmara, na semana passada. A associação garante que não quer encontrar nenhum “bode expiatório”, mas sim um “parceiro” com o qual possa “equacionar soluções para os problemas existentes”.

Relativamente às acusações de Maria das Dores Meira, a delegação de Setúbal da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal (ACSDS) alega estar “de consciência tranquila”, garantindo que “nunca foi sua intenção encontrar um bode expiatório para as suas próprias incapacidades”, como foi afirmado pela edil, na última reunião de câmara, mas sim “encontrar um parceiro com o qual poderia sentar-se para tentar equacionar soluções para os problemas existentes, cuja resolução deve estar a cargo da autarquia e não de uma associação independente sem fins lucrativos”.

A ACSDS afirma que, ao contrário do que a presidente afirmou, os dirigentes da ACSDS são “pessoas bastante íntegras e sérias e que se dedicam a uma causa de associativismo em prol de uma classe, ainda que não recebam qualquer remuneração”.

A Delegação de Setúbal da ACSDS “preocupa-se bastante com a realidade”, garantem, enfatizando os problemas: falta de estacionamento de proximidade, videovigilância e melhores acessibilidades à avenida Luísa Todi com que se depara o centro histórico, onde estão inseridas 1050 empresas que correspondem a 2500 postos de trabalho.

Além disso, a associação refere não ter como pretensão que a autarquia se volte única e exclusivamente para este ponto da cidade, mas apontam ser “importante que alguns recursos sejam canalizados para esta zona que é onde incide a cultura e identidade de Setúbal e que é a porta de entrada de turistas que devem ser marcados com uma boa imagem da capital de distrito”.

Tendo em conta que “os problemas não foram solucionados e que as tentativas de cooperação foram negadas”, a Delegação de Setúbal da ACSDS decidiu avançar com um abaixo-assinado, entregue em sessão de câmara a 6 de Abril e que contou com cerca de 1500 assinaturas.

Nessa sessão de câmara, os dirigentes da ACSDS tornaram público que a associação não tinha sido convocada para a reunião de apresentação do Fórum Setúbal. Da parte da autarquia foi-lhes dito que tinha sido a própria Administração do Fórum a tratar dessa questão, contudo, a Administração do Fórum refere, segundo os responsáveis da ACSDS, que solicitou uma lista à câmara das entidades a serem convidadas e que o nome da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal não constava dessa lista.

O comunicado da ACSDS refere que esta associação foi um dos doze parceiros da autarquia aquando da candidatura ao QREN, que possibilitou as obras que estão a decorrer actualmente através do ReSet (Programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de Setúbal). Os representantes dos comerciantes alegam ainda que existiram várias tentativas de diálogo com a autarquia e, prova disso é o projecto entregue na Câmara Municipal de Setúbal em 15 de Outubro de 2010, que visava a criação de um Gabinete de Gestão do Centro Histórico – Protocolo de Colaboração entre a Delegação de Setúbal da ACSDS e a CMS - e que foi recusado a 29 de Dezembro de 2010.

A ACSDS conclui, dizendo que se mantém disponível em formalizar um protocolo de entendimento com a câmara, de modo a que estas duas entidades possam “unir esforços e trabalhar em conjunto com um único propósito – revitalizar e promover o desenvolvimento da Baixa da cidade de Setúbal”.

Fonte: O Setubalense

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