quinta-feira, 2 de junho de 2011

Explosão de caixas de multibanco é feito por estrangeiros

Os recentes assaltos a caixas de multibanco com recurso a uma explosão de gás é um processo "inteligente" que foi importado e que está a ser perpetrado por estrangeiros, explicou hoje à Lusa o presidente do Observatório de Segurança (OSCOT), José Manuel Anes.

"Este tipo de atuação veio claramente do estrangeiro, Espanha, França, mas também Austrália e África do sul. A formação inicial do grupo tem elementos estrangeiros, mas depois associam um ou outro elemento português, porque estes conhecem melhor o terreno e servem para a fase da preparação prévia do crime", precisou o criminalista.

A utilização deste "modus operandi" para assaltar caixas de multibanco permite que as notas não sejam destruídas.

"Com o gás, a explosão da caixa é imediata e paralisa o sistema de tintagem das notas, evitando a sua inutilização. É um processo inteligente, tem de se admitir", acrescentou.

Este tipo de crimes organizados pressupõe um reconhecimento prévio dos locais e são muito difíceis de combater.

"É muito difícil desmantelar estes grupos, mas não é impossível, há o recurso à vídeovigilância, que fornece sempre elementos interessantes. É preciso ter paciência", referiu José Manuel Anes à Lusa.

Porém, adiantou o especialista em segurança interna, dado que muitos dos elementos do grupo são estrangeiros, o combate ao crime necessita de "cooperação internacional".

"Devido à livre circulção das pessoas [Espaço Shenguen], os criminosos entram e saem e governam-se à vontade", referiu.

A caixa de multibanco de uma dependência do Banco Santander no Bairro dos Marinheiros, em Palmela, foi assaltada na terça-feira através da uma explosão do equipamento.

Fonte: DN.PT

Sem comentários:

Enviar um comentário