terça-feira, 3 de maio de 2011

Sandro Bala: Chefe da ‘Máfia’ caçado no Brasil

Sandro ‘Bala’ e Wanderley da Silva, os dois cabecilhas da Máfia da Noite, grupo responsável por 109 crimes violentos, entre homicídios, agressões físicas agravadas, extorsão e prática de segurança ilegal em bares e discotecas, conseguiram fugir para o Brasil em finais de 2009.

Isto pouco depois de Wanderley ter disparado cinco tiros sobre Fábio Silva, que esteve dois meses internado no hospital, em estado grave. Ao que o CM apurou, junto de fonte ligada ao processo, Wanderley terá sido capturado há cerca de dois meses no Brasil, por crimes cometidos naquele país.

Recorde-se que o arguido do megajulgamento, que começou há uma semana no tribunal do Seixal, já tinha antecedentes no seu país por uso de arma de fogo, detenção de arma ilegal, formação de quadrilha, resistência à prisão e restrição à liberdade de pessoas. Wanderley é irmão de Wesley da Silva, outro elemento do grupo e que está preso na cadeia de Monsanto, em Lisboa.O CM contactou o advogado que representa Wanderley, mas este recusou prestar declarações.

Ontem, na segunda sessão de julgamento, foram ouvidos dois gerentes e um funcionário de bares onde o grupo criminoso de ‘Bala’ tentou impôr serviços de segurança ilegal pelo terror. A juíza que preside ao colectivo mandou retirar os arguidos da sala de audiências para não intimidarem as testemunhas (ver caixa).

A sessão de julgamento, ontem, ficou marcada por um atraso de mais de uma hora, à espera da Brigada de Armas e Explosivos da PSP. A sala é revistada todos os dias.

TESTEMUNHAS NEGAM CRIME

A juíza que preside ao megajulgamento no Tribunal do Seixal afastou todos os arguidos acusados de mais de cem crimes da sala de audiências para proteger as três testemunhas, que prestaram ontem depoimentos. Apesar disso, Bruno José, funcionário do Budha Bar, José Gouveia, gerente da discoteca W, e Milton Gil, gerente do RS Dreams, admitiram conhecer Sandro ‘Bala’ e outros arguidos por estarem à porta dos bares, mas disseram que nunca se sentiram intimidados pelo grupo e negaram ainda terem sido vítimas de extorsão. Ao ouvir as respostas das primeiras testemunhas ouvidas, longe dos 25 arguidos considerados perigosos, a procuradora do Ministério Público perguntou: "Receberam nos últimos dias algum telefonema sobre o que se ia passar hoje [ontem] em tribunal?". Todos negaram.

Fonte: Correio da Manhã

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